Segundo a agência EFE, o pacote, que estava dentro de um balde de esfregona e envolto em plástico azul com documentos de tribunal, incluindo uma citação judicial, foi encontrado sob os Arcos de Moncloa por volta das 15:45 horas locais (mais uma do que em Lisboa), quando os serviços de segurança da sede da Força Aérea alertaram a Polícia Nacional.
Os oficiais estabeleceram um perímetro de segurança na área, obrigando a cortar o trânsito entre as ruas Princesa e Isaac Peral, e reportaram a descoberta à Brigada de Informação Provincial, que chamou os peritos em explosivos.
Depois de confirmarem que não foi encontrado qualquer dispositivo explosivo dentro da embalagem, os especialistas decidiram avançar para a sua detonação por volta das 17:15 horas (16:15 em Lisboa), de acordo com o Ministério do Interior, que referiu ainda que a polícia forense esteve também no local a analisar os vestígios
Na quarta-feira um homem ficou ferido sem gravidade na embaixada da Ucrânia em Madrid devido à explosão de um artefacto que estava dentro de um envelope. Desde então, já foi revelada pelas autoridades espanholas a existência de mais cinco cartas com explosivos, a última das quais na embaixada do Estados Unidos em solo espanhol.
De acordo com o secretário de Estado da Segurança do governo espanhol, Rafael Pérez, os outros envelopes com explosivos intercetados na última semana foram enviados para o primeiro-ministro, a ministra da Defesa, a um centro de satélites e a uma empresa de armamento.
O envelope enviado ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez, foi intercetado na semana passada, no dia 24 de novembro, e os restantes foram identificados na quarta-feira e hoje.
A Ucrânia está a ser atacada militarmente pela Rússia desde fevereiro, numa agressão condenada pela generalidade comunidade internacional.
A Rússia condenou hoje “qualquer ameaça ou ato terrorista” na sequência do envio destas cartas com explosivos em Espanha.
“Qualquer ameaça ou ato terrorista, sobretudo dirigidos contra uma missão diplomática, são totalmente condenáveis”, lê-se num comunicado divulgado hoje pela embaixada da Federação Russa em Madrid.
Já o embaixador ucraniano em Espanha, Serhii Pohoreltsev, afirmou hoje que a embaixada está a melhorar os seus sistemas de segurança e defendeu que a Rússia deve ser declarada “Estado terrorista”.
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