"No que diz respeito às negociações (de adesão), podemos optar pela via do referendo e obedecer à decisão que for tomada pela nação", declarou o presidente turco, num fórum turco-britânico em Antalya, no sul da Turquia.
Erdogan, que já no final do ano passado tinha apontado a possibilidade de uma consulta popular sobre a adesão, acrescentou que essa opção só pode ser tomada depois de um outro referendo, o de 16 de abril, sobre o reforço dos seus poderes.
Estas declarações foram feitas quando as relações entre a Turquia e a UE têm registado alguma tensão nas últimas semanas, após a interdição de comícios de apoio a Erdogan em países europeus, nomeadamente na Alemanha e na Holanda.
Num outro discurso que tinha feito pouco antes, o presidente turco afirmou que a UE "simplificaria a tarefa" se decidisse abandonar as negociações para a adesão da Turquia, que estão num impasse há vários anos.
"Ah! Se eles pudessem tomar essa decisão! Isso tornaria a tarefa mais simples para nós", lançou Erdogan, acrescentando que uma vitória sua no referendo de 16 de abril vai marcar um "ponto de rutura" com a UE.
Apesar da tensão, a Turquia e a UE continuam a ser parceiros importantes, nomeadamente em questões migratórias e na luta contra o terrorismo.
Para atrair o eleitorado nacionalista, de que precisa para vencer o referendo de 16 de abril, Erdogan tem dito várias vezes nas últimas semanas que apoia o restabelecimento da pena de morte, uma das linhas vermelhas traçadas por Bruxelas.
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