“Retomámos as atividades de prospeção e nesse sentido enviámos de novo em missão o [navio de pesquisa sísmica] Barbaros Hayrettin”, declarou Erdogan durante um discurso em Istambul.
Na semana passada, Ancara anunciou a suspensão das suas pesquisas no Mediterrâneo oriental para iniciar negociações com Atenas.
Hoje, Erdogan afirmou que aceitou suspender as pesquisas a pedido da chanceler alemã Angela Merkel para “facilitar” as discussões entre a Turquia e a Grécia, mas acusou Atenas de “não cumprir as suas promessas”.
O Presidente turco não forneceu detalhes sobre este assunto, mas o anúncio sobre o reinício das prospeções turcas surgiu um dia após a assinatura de um acordo marítimo entre a Grécia e o Egito.
Este acordo, destinado a delimitar as fronteiras marítimas entre os dois países, parece indicar uma resposta direta a um acordo similar concluído em novembro entre a Turquia e o Governo oficial líbio sediado em Tripoli.
O pacto turco-líbio, nos termos do qual o território marítimo da Turquia é consideravelmente ampliado, suscitou fortes reações dos países situados no Mediterrâneo oriental, em particular da Grécia.
Hoje, Erdogan afirmou que o acordo grego-egípcio não tem “qualquer valor” e acrescentou que a Turquia “aplicará com determinação” o seu próprio acordo concluído com o Governo líbio.
A descoberta nos últimos anos de vastas jazidas no mediterrâneo oriental aguçou o apetite dos países ribeirinhos, em particular Grécia, Chipre, Turquia, Egito e Israel.
Os turcos têm intensificado as prospeções exploratórias ao largo de Chipre, suscitando uma reação negativa dos países da região e da União Europeia, que se referem a atividades “ilegais”.
No mês passado, o Presidente francês, Emmanuel Mácron, denunciou a “violação” das soberanias grega e cipriota pela Turquia no Mediterrâneo oriental, apelando à aplicação de sanções contra Ancara.
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