“O efeito negativo das vagas de ódio, produto de um ponto de vista perverso dirigido aos muçulmanos, permanece na nossa vizinhança. A atitude da Grécia chegou a um ponto de brutalidade”, disse o chefe de Estado turco na abertura de um congresso judicial em Istambul dedicado ao mundo islâmico.
Erdogan acusou os países europeus de acolherem requerentes de asilo do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia, e da confraria do predicador exilado Fethullah Gülen, a quem atribuiu o fracassado golpe de Estado de 2016.
“Convertem as suas portas em muros para sírios, iraquianos e africanos, mas franqueiam a entrada aos terroristas do PKK e aos gulenistas”, insistiu.
Erdogan recordou que a Turquia pediu com insistência a numerosos países europeus a extradição de importantes membros da confraria de Gülen, que fugiram do país após o falhanço do golpe, mas sem obter resposta.
Gülen, até 2012 um aliado próximo do Governo de Erdogan, e cujos seguidores ocupavam altos cargos no aparelho de Estado, em particular no sistema de ensino, na área judicial, na polícia ou nas Forças Armadas, vive exilado nos Estados Unidos desde 1999.
As autoridades norte-americanas envolvidas neste caso indicam que os documentos enviados por Ancara para pedir a sua extradição não são suficientes para um processo judicial.
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