“Nem nesta questão da mais elementar justiça, o Governo consegue ir mais além das palmas e das palavras de reconhecimento”, critica o SEP, em comunicado.
Em causa estão os contratos de adesão aos acordos coletivos de trabalho (ACT), celebrados na quinta-feira, 14 meses após a gestão do Hospital de Braga ter passado do Grupo Mello Saúde para a esfera pública.
“Durante estes 14 meses, 168 enfermeiros, apesar de terem um vencimento de 1.060 euros, continuaram a desempenhar as suas funções com competência, responsabilidade e ética e a integrar novos colegas a auferirem o salário base da carreira de enfermagem: 1.205 euros”, refere o sindicato.
Na quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração do hospital, João Porfírio Oliveira, disse que não serão pagos retroativos, preferindo sublinhar que as atualizações salariais resultantes da adesão aos ACT acontecerão já em novembro, mês em que é pago o subsídio de natal.
“É, por isso, duplamente importante a assinatura agora da adesão aos ACT”, referiu.
Para o SEP, a adesão aos ACT é “uma vitória” dos profissionais e do Serviço Nacional de Saúde e uma “derrota colossal” para o Governo, em particular para os ministérios da Saúde e das Finanças, “que, com a sua ineficiência, continuam a desacreditar a Administração Pública, a política e os políticos”
“É caso para dizer que o Simplex não chegou aos ministérios da Saúde e das Finanças, pelo menos quando o objetivo é harmonizar as condições de trabalho dos enfermeiros. E ninguém é responsabilizado”, remata o sindicato.
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