Os mergulhadores lutam, esta sexta-feira, contra lama e visibilidade zero na recuperação das vítimas do acidente no rio Potomac, segundo a CNN.
“A lama torna-se um problema intenso. A grave falta de visibilidade significa que os mergulhadores estão essencialmente a correr a aeronave pelo tato — como se estivessem a ler em braile. E agora estão a lidar com uma fuselagem que está despedaçada”, disse Butch Hendrick, instrutor de resgate e fundador da Lifeguard Systems à cadeia televisiva.
Pelo menos 14 pessoas ainda estão desaparecidas, enquanto dezenas de corpos foram recuperados nas últimas horas.
As duas caixas negras do avião, o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo foram recuperadas pelos investigadores.
As caixas negras estavam submersas, mas deverão poder ser analisadas, explicou o Conselho Americano de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), uma agência independente encarregada de investigar acidentes de transporte civil.
Um relatório da Agência Federal de Aviação dos EUA, divulgado pela agência Associated Press apontou na quinta-feira que o pessoal na torre de controlo de tráfego aéreo “não era o normal” no momento da colisão, com um controlador a trabalhar em duas posições.
Os investigadores do acidente aéreo referiram na quinta-feira que esperam ter conclusões preliminares dentro de 30 dias sobre as causas do acidente.
A diretora do NTSB, Jennifer Homendy, sublinhou a necessidade de não especular sobre as causas do acidente.
O acidente ocorreu quando um helicóptero militar, com três pessoas a bordo, e um avião comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle (subsidiária regional da American Airlines), com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiram na quarta-feira por volta das 20h48 de quarta-feira (01h48 de quinta-feira em Lisboa), quando este último se aproximava do Aeroporto Ronald Reagan, em Washington.
As autoridades estão a afastar a possibilidade de haver sobreviventes do acidente aéreo, o mais mortífero nos Estados Unidos desde 2001.
O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais controlados e monitorizados do mundo, a pouco mais de cinco quilómetros a sul da Presidência e do parlamento dos Estados Unidos.
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