“Estamos a encontrar-nos [com os talibãs] e a dizer que deve haver um cessar-fogo. E eles não queriam fazer um cessar-fogo, mas agora acredito que querem. Vamos ver o que acontece”, afirmou o chefe de Estado dos EUA, que se reuniu com o seu homólogo afegão, Ashraf Ghani, durante a visita que efetuou aos militares norte-americanos na base aérea de Bagram.
Donald Trump chegou à base aérea de Bagram pouco depois das 20:30 locais (16:00 em Lisboa).
A primeira viagem de Trump ao Afeganistão, onde permanecem cerca de 12.000 soldados dos EUA, foi mantida em segredo por razões de segurança até ao momento de desembarque e dura apenas algumas horas por ocasião do feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA.
A interrupção abrupta do diálogo de paz entre os EUA e os líderes afegãos e do Talibã ocorreu após uma onda de violência, que culminou num bombardeamento em Cabul no qual morreram 12 pessoas, incluindo um soldado norte-americano.
Os Estados Unidos e os talibãs estavam perto de um acordo em setembro, que poderia ter permitido a retirada de tropas norte-americanas do país.
Trump afirmou que estava a planear reduzir o número de soldados para cerca de 8.600, mas que, apesar de estarem a “diminuir substancialmente”, os EUA irão permanecer no Afeganistão até que estabeleçam um acordo ou tenham uma “vitória total”.
A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, afirmou que seria uma “surpresa agradável” visitar o Afeganistão, pois Trump reconhece que “muitas pessoas estão longe das suas famílias durante as férias” e “quer apoiar os soldados” que combatem naquela região em conflito.
A guerra no Afeganistão, iniciada em 2001, já matou dezenas de milhares de civis afegãos e mais de 2.400 militares norte-americanos.
No ano passado, o Presidente e a primeira-dama, Melania Trump, fizeram uma viagem semelhante ao Iraque na noite de Natal, a primeira a uma zona de conflito ativa.
Esta semana, o vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, também visitou tropas dos EUA no Iraque.
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