A previsão de um elevado número de ausências nas votações levou alguns partidos de direita a pedir uma exceção que permita votar aos membros do parlamento que estejam em isolamento.
Os líderes destes partidos, que se reuniram na sexta-feira na residência particular do ex-Presidente Silvio Berlusconi para lhe manifestar apoio público para nova eleição para o cargo, pedirem aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado italianos “que adotem todas as iniciativas necessárias para garantir o exercício do direito constitucional ao voto dos 1.009 parlamentares eleitores”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, já respondeu ao apelo para explicar que a questão não está nas suas mãos e que depende de uma diretiva do Ministério da Saúde ou da votação de uma emenda “sobre esse propósito” por parte do parlamento.
Segundo a edição de hoje do jornal italiano La Repubblica, citado pela agência de notícias EFE, havia há alguns dias 40 deputados e 12 senadores em isolamento, números que podem aumentar até chegar a “cem ou mais ausências forçadas” no final do mês, atendendo ao aumento de casos de covid-19 em Itália.
A eleição do Presidente da República de Itália faz-se em várias votações no parlamento, sendo que na quarta é necessária apenas uma maioria absoluta simples de 505 eleitores, que pode ficar comprometida com as ausências por causa da pandemia, segundo escreveu hoje a agência EFE.
O parlamento italiano vai debater esta situação na segunda-feira, numa reunião dos porta-vozes dos partidos representados na Câmara dos Deputados.
Entretanto, iniciaram-se já obras para aumentar os espaços no parlamento e garantir maior distância entre deputados e senadores, mantendo-se para já o limite máximo de 50 eleitores em simultâneo, convocados a votar por turnos e por ordem alfabética.
Segundo as regras atualmente em vigor, durante a eleição, só se programará uma sessão por dia que terá no máximo 50 minutos, sendo necessário um teste negativo à covid-19 para estar presente.
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