“Pelas informações, a afluência é muito fraca em relação à primeira volta. As pessoas estão a ir a conta-gotas às assembleias do voto e isso preocupa-nos bastante”, afirmou Rui Semedo, num primeiro balanço da votação.
O coordenador da célula, que agrupa várias organizações da sociedade civil guineense, receia que o número da abstenção possa superar o da primeira volta, que foi na ordem de 25%.
Algumas rádios preencheram a sua programação com apelos aos eleitores para se dirigirem às assembleias de voto, indicou Semedo, precisando que a fraca afluência às urnas é registada em todo o território guineense.
Rui Semedo disse ainda que de modo geral a votação decorre dentro da normalidade, salvo duas situações registadas, logo no início do processo, em Tombali, no sul, onde alguns boletins do voto não estavam autenticados, conforme a lei, com o carimbo da Comissão Nacional de Eleições (CNE), na frente e verso.
Avisado, o presidente da Comissão Regional de Eleições (CRE) resolveu a situação antes do início da votação, precisou Rui Semedo.
A mesma situação ocorreu em Biombo, nordeste, sendo que 40 pessoas já tinham votado em boletins não autenticados, disse Semedo.
“Aqueles votos foram contabilizados e registados”, precisou o coordenador da célula da sociedade civil para a monitorização do processo eleitoral, instituição financiada pela União Europeia.
Em relação aos resultados da votação de hoje dos quais sairá o novo Presidente guineense, Rui Semedo citou fontes oficiosas para apontam que poderão ser conhecidos na terça-feira, mas pediu que sejam proclamados “o quanto antes para evitar especulações e tensões pós-votação”.
Mais de 760.000 guineenses são hoje chamados às urnas para escolherem o próximo Presidente da Guiné-Bissau, entre Domingos Simões Pereira, candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, candidato do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).
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