Em entrevista ao Observador, a líder centrista disse não acreditar que uma crise económica esteja prestes a acontecer, insistindo que o CDS pretende preparar o país para eventuais embates financeiros.
“Não posso projetar coisas com base em fantasmas e diabos, a crise aparecerá, não se sabe é quando”, afirmou, acrescentando: “O nosso dever é apresentar propostas para nos preparar melhor para uma situação menos boa se ela aparecer: ou não fazemos nada e esperamos que apareça o problema, e não estaremos preparados para o enfrentar, ou fazemos e quando ele chegar estamos mais preparados”.
Quanto à administração pública, Cristas sublinhou que se o CDS estivesse no poder, “não estaria a contratar funcionários públicos como este governo está a contratar”, mas rejeitou despedimentos.
Na entrevista, a presidente do CDS negou que o partido tenha mudado de estratégia após o mau resultado nas eleições europeias, embora admitindo problemas de comunicação com os eleitores.
“Passámos mal uma mensagem, isso parece-me evidente”, reconheceu, deixando claro que o problema “não foi dos eleitores, nunca é”.
Assunção Cristas aproveitou ainda para se demarcar do partido Basta, liderado por André Ventura.
“Nós não temos nada a ver com o Basta, por isso com o Basta não vamos ter qualquer coligação”, afirmou por fim, admitindo que “incomoda quererem colar o CDS a um partido que não revejo no sistema partidário”, assinalou.
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