“Se o Hamas [os capturar] ou não os deixar passar (…) então tudo estará acabado”, alertou o chefe de Estado norte-americano, durante declarações aos jornalistas a bordo do avião presidencial, que fez escala na Alemanha após a visita de Biden a Israel.
Joe Biden fez o anúncio após uma conversa telefónica com Al-Sissi e garantiu que o egípcio está “totalmente cooperativo” e que “merece muito reconhecimento” pela sua ação.
Israel isolou a Faixa de Gaza, impedindo toda a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível aos seus 2,3 milhões de habitantes após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro.
Funcionários da Casa Branca adiantaram à agência Associated Press (AP) que a ajuda seguirá nos próximos dias.
Antes, Israel tinha garantido que permitiria ao Egito entregar quantidades limitadas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, a primeira cedência num cerco de 10 dias ao território.
Num comunicado, o executivo israelita indicou que “não irá impedir” o fornecimento de alimentos, água e medicamentos, desde que esses bens não cheguem ao movimento islamita palestiniano Hamas.
O responsável da ONU para as emergências humanitárias defendeu hoje que a ajuda a Gaza, assim que puder atravessar a fronteira do Egito, deverá ser “substancial”, da ordem dos 100 camiões por dia, e a sua segurança, acautelada.
Martin Griffiths referiu negociações “incrivelmente pormenorizadas com as partes” para definir as regras de entrada e distribuição da ajuda humanitária, pouco depois da autorização israelita para deixar entrar ajuda.
“Temos de obter a garantia de que conseguimos intervir em grande escala todos os dias, de forma consciente, repetitiva e fiável”, insistiu Griffiths, explicando que os diferentes funcionários da ONU que se encontram na Faixa de Gaza — incluindo 14.000 trabalhadores da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) — tratarão então de distribuir a ajuda.
Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.
A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestino, a maioria civis, segundo as autoridades locais.
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