Numa declaração no Ministério da Administração Interna, em Lisboa, já depois de terminado o protesto, Eduardo Cabrita disse que “o Governo valoriza o diálogo social”.
O governante assegurou que irá continuar o diálogo já iniciado com as associações representativas da PSP e da GNR, no âmbito do que chamou de programa de diálogo social e de ação para a valorização das forças de segurança e não se pronunciou sobre a possibilidade admitida hoje pelos profissionais de uma nova manifestação para o dia 21 de janeiro.
Segundo o ministro, esse programa “integra matérias que estão expressamente previstas no programa do Governo, designadamente um programa plurianual de admissões nas forças de segurança que permita o seu rejuvenescimento e a recuperação de uma capacidade operacional que o nível de recrutamento dos dois últimos anos permitiu iniciar”.
Eduardo Cabrita falou em fazer “um balanço da experiência da lei de programação das forças de segurança, que permita começar já a trabalhar na nova lei de programação para o período posterior a 2021”.
Disse igualmente que será dada prioridade a um regime de segurança e saúde no trabalho, que leve a estes profissionais um regime adequado ao seu tipo de funções específicas de salvaguarda da segurança dos portugueses.
O ministro acrescentou que será feita uma análise do regime remuneratório, considerando o quadro de suplementos, abonos e remunerações adicionais que são recebidos nas duas forças de segurança de modo a que seja possível dar-lhe coerência de adotá-lo aos novos tempos.
Eduardo Cabrita destacou que a PSP assegurou também hoje as condições de segurança no quadro das suas funções de salvaguarda do direito de manifestação e do direito de circulação e transmitiu uma mensagem de reconhecimento aos profissionais que o garantiram na cidade de Lisboa aos sindicatos da PSP e associação da GNR.
O protesto de elementos das forças de segurança teve início cerca das 13:00 no Marquês de Pombal, de onde partiu um desfile até ao parlamento, onde se concentraram perto de 13 mil manifestantes, segundo a organização, vigiados por um forte dispositivo policial.
A manifestação pacífica ficou ainda marcada por vários atos simbólicos e pacíficos, tendo ficado a ameaça de um novo protesto caso o Governo não cumpra as suas exigências.
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