Eduardo Cabrita, que assinalou hoje, em Almeirim, a entrada em funcionamento, no verão passado, das novas instalações do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, afirmou que as saídas previstas, nos próximos quatro anos, de perto de 7.000 elementos da PSP e da GNR, serão colmatadas “rejuvenescendo e reforçando a capacidade operacional das forças e serviços de segurança”.
Dando o exemplo da mais que duplicação do número de efetivos da Guarda Nacional Republicana afetos à área de proteção e socorro — de pouco mais de 500 para cerca de 1.200 elementos, em dois anos -, o ministro afirmou que, globalmente, se farão novas admissões, com “uma dimensão adequada a uma resposta que garanta que Portugal continue a ser conhecido como um dos países mais seguros do mundo”.
Por outro lado, será garantido “um rejuvenescimento quando cessarem funções, nos próximos anos, aqueles que iniciaram a sua carreira nos anos 80 e que a lei da vida determina que estejam a aproximar-se do tempo de passagem à reserva, à pré-aposentação, à reforma, consoante o estatuto que lhe é aplicável”, acrescentou.
Eduardo Cabrita declarou que esta “é uma prioridade de política pública” que será contemplada no Orçamento do Estado, pois “o programa plurianual de admissões, que nunca tinha existido, está no programa do Governo e o programa do Governo é para cumprir”.
Segundo um documento do Governo entregue na quinta-feira aos sindicatos das forças de segurança, a que a Lusa teve hoje acesso, 6.805 elementos da PSP e da GNR vão sair destas forças de segurança nos próximos quatro anos (3.483 na PSP e 3.322 na GNR).
O documento revela que em 2020 deverão sair 820 elementos na GNR – 33 oficiais, 78 sargentos e 709 guardas -, enquanto na PSP as saídas totalizam 552 (40 oficiais, 141 chefes e 371 agentes).
Para 2021 está previsto a saída de 842 elementos da GNR em final de carreira – 31 oficiais,76 sargentos e 735 guardas. Em relação à PSP, as saídas nesse ano somam 788 – 46 oficiais, 152 chefes e 590 agentes.
Em 2022, o número de GNR que estão de saída totaliza 787 elementos (25 oficiais, 56 sargentos e 706 guardas), sendo esse número superior na PSP, onde previsivelmente estão de saída 935 elementos – 39 oficiais, 135 chefes e 761 agentes.
Em 2023, o número de saídas agrava-se, com 873 na GNR (17 oficiais 76 sargentos e 780 guardas), enquanto na PSP ultrapassa um milhar (1.208), dos quais 38 oficiais, 156 chefes e 1.014 agentes.
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