As medidas de coação dos arguidos no caso e-toupeira já foram anunciadas. Ao contrário daquilo que era pretendido pelo Ministério Público, Paulo Gonçalves vai ter permissão para frequentar o Estádio da Luz e a continuar no exercício das suas funções, de acordo com o MaisFutebol. Todavia, está proibido de contactar com os restantes arguidos da operação.

O outro detido no processo, José Silva, funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, a trabalhar no departamento de informática dos tribunais de Fafe e Guimarães, está indiciado por corrupção passiva e ficou em prisão preventiva.

Na terça-feira, a Polícia Judiciária deteve José Silva e Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, no âmbito da operação 'e-toupeira', depois de ter realizado 30 buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa, que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios.

Após o primeiro interrogatório judicial, o assessor jurídico da SAD benfiquista está indiciado por corrupção ativa e quatro crimes de violação do segredo de justiça, estes em coautoria com o técnico informático José Silva.

José Augusto Nogueira da Silva está indiciado, na operação 'e-toupeira', de um crime de corrupção passiva, favorecimento pessoal, peculato, burla informática, falsidade informática, nove crimes de acesso ilegítimo e mais quatro crimes de violação de segredo de justiça, estes em coautoria com Paulo Gonçalves.

O interrogatório dos dois arguidos detidos começou esta tarde no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa e terminou por volta das 22:30.


Última atualização às 23:06