“Doze dos 22 migrantes rejeitados pelos serviços de fronteira gregos, despojados das suas roupas e sapatos, morreram de frio”, escreveu Süleyman Soylu numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Na mesma mensagem, o ministro publicou imagens desfocadas dos corpos dos migrantes que foram recuperados pelas autoridades turcas.
Nas imagens, segundo relatam as agências internacionais, alguns migrantes vestiam apenas calções e ‘t-shirts’ e outros estavam de tronco nu e sem sapatos.
Os corpos dos migrantes foram descobertos na aldeia de Pasakoy, localizada na fronteira entre a Turquia e a Grécia, segundo indicaram as autoridades da província de Edirne (nordeste).
A zona tem registado temperaturas muito baixas, que foram quase negativas na noite passada, de acordo com os serviços meteorológicos turcos.
Onze das 12 vítimas estavam já mortas quando foram encontradas pelas autoridades.
Um migrante foi ainda levado para o hospital, mas acabou por morrer, precisou o gabinete do governador da província de Edirne.
“A União Europeia (UE) é impotente, fraca e desumana” face a estas tragédias, acusou o ministro do Interior turco.
O Governo de Ancara acusa regularmente as autoridades gregas de empurrarem ilegalmente migrantes, que tentam atravessar a fronteira para a Grécia, de volta para o território turco.
Em março de 2020, depois de a Turquia ter anunciado a abertura das fronteiras com a Europa para a passagem de migrantes, vários milhares de pessoas tentaram atravessar o rio Evros e chegar ao território europeu, mas o exército e a polícia gregos impediram a entrada destas pessoas, que foram forçadas a recuar para o território turco.
A decisão da Turquia de abrir as fronteiras foi encarada então como uma forma de pressionar a Europa, bem como os aliados na NATO.
Atualmente, a Turquia acolhe quase cinco milhões de refugiados no seu território, segundo dados oficiais, incluindo quase quatro milhões de refugiados sírios.
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