O homem, engenheiro eletrotécnico, é suspeito da “prática de vários crimes de incêndio florestal, com recurso a engenhos eletrónicos incendiários”, informou a PJ num comunicado em que dá nota da detenção realizada pela Diretoria do Centro, com a colaboração da GNR da Sertã e do Grupo de Trabalho para a Redução das Ignições em Espaço Rural.
De acordo com a polícia, o homem é suspeito de ter colocado “engenhos eletrónicos incendiários” que estiveram na origem dos quatro incêndios florestais que eclodiram no domingo, cerca das 14:30, nos concelhos da Sertã e de Proença-a-Nova.
Os engenhos, é referido na nota, foram “colocados pelo suspeito, em zonas povoadas com mato, medronheiros, eucaliptos, pinheiros e outras espécies, com continuidade vertical e horizontal, confinante com zonas urbanas, com várias aldeias em redor”.
A área ardida é de cerca de 60 hectares e o fogo “teria proporções mais gravosas caso não tivesse havido uma rápida intervenção dos meios de combate - bombeiros e meios aéreos”, pode ler-se.
O detido é ainda suspeito de outros incêndios, ocorridos em anos anteriores, quer nestes dois concelhos, quer nos de Oleiros e Vila de Rei.
No ano passado, nos concelhos de Oleiros e Proença-a-Nova, os fogos resultaram, respetivamente, em 5.000 e 14.000 hectares de áreas ardidas.
A atuação do suspeito, que vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das adequadas medidas de coação, “colocou em perigo a integridade física e a vida de pessoas, habitações e a grande mancha florestal”, conclui a PJ.
De acordo com o ‘site’ de ocorrências da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio na Sertã lavrou durante toda a tarde e movimentava, cerca de 21:00 de domingo, 278 operacionais, 78 meios terrestres e dois meios aéreos.
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