Um porta-voz da Polícia Nacional indicou que a detenção ocorreu esta manhã num hotel do centro da cidade onde Akhanli estava hospedado.
O escritor, que reside há mais de 20 anos na Alemanha e é um conhecido ativista dos direitos e liberdades fundamentais na Turquia, foi transportado para as instalações da Direção da Polícia da Andaluzia Oriental e será colocado à disposição judicial nas próximas horas, acrescentou a mesma fonte, não precisando o motivo da ordem de detenção.
Contudo, o historial de perseguição do romancista pelas autoridades turcas é longo e público: Depois de absolvido em 2010 por um tribunal de Istambul das acusações de pertença a uma organização política subversiva e participação num assalto à mão armada e num homicídio, o tribunal de recursos de Ancara reuniu-se em 2013 para reverter o veredito e reabrir o caso, chamando o tribunal de Istambul a confirmar a sua decisão ou alterá-la.
O juiz adiou diversas vezes uma decisão sobre o caso, mas emitiu um mandado de captura internacional para Dogan Akhanli, um cidadão alemão, protegido pela lei alemã – uma medida cujo único propósito foi mantê-lo afastado do seu país natal.
O escritor comentou na altura ter sido essa a sua experiência quando, em agosto de 2010, viajou para a Turquia, na esperança de conseguir visitar o pai moribundo: foi detido no aeroporto, metido na prisão, ali mantido durante meses e impedido de ir ao funeral do pai.
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