Além das paralisações laborais, a CP suprimiu comboios por avaria ou anomalia de material (3.093) e outras causas (502), de acordo com os mesmos dados.
Segundo a companhia, estas causas não especificadas incluem “situações relacionadas com infraestrutura, acidentes/incidentes, condições meteorológicas”, entre outras.
A CP recordou ainda que, em 2018, “registaram-se 10 dias de greve no setor ferroviário com impacto significativo na operação da CP. Em 2019, até este momento, não se registaram greves com impacto na operação”.
No ano passado, foram realizados 431.120 comboios, adiantou a empresa.
A CP usa o índice de regularidade para monitorização e avaliação dos seus serviços, que consiste no número de comboios programados face ao número de realizados.
“Em 2018, esse índice foi de 97,02%”, ou seja, “realizou 97% dos comboios programados”, revelou a empresa.
No início deste ano, a performance melhorou. Em 2019, o índice de regularidade regista uma subida face aos valores do ano anterior, com janeiro a atingir 99,27% e fevereiro a fechar com 99,06%.
De acordo com a transportadora, estes “valores traduzem uma melhoria da 'performance' da CP, que fica a dever-se às medidas implementadas para fazer face aos constrangimentos registados ao nível do parque de material circulante, particularmente, no material diesel”.
Estas medidas passam pela contratação de 102 trabalhadores para a EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) “que veio permitir o aumento da capacidade de resposta e, consequentemente, melhorar os níveis de disponibilidade de material da CP”, assim como pelo reforço do parque de automotoras diesel que foram alugadas à espanhola Renfe, com mais quatro composições, sendo que a primeira já está ao serviço.
“A segunda unidade deverá chegar a Portugal nas próximas semanas. A entrega das restantes unidades está prevista para os meses de junho e setembro”, de acordo com a mesma fonte.
Além disso, a CP está a analisar cinco candidaturas para o fornecimento de 22 comboios, pelas empresas Patentes Talgo SLU, Standler Service Nederland, Construciones y Auxiliar de Ferrocarriles, Alstom Transporte e Siemens Mobility Unipessoal.
O concurso está avaliado em 168 milhões de euros.
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