O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) norte-americano desenvolveu um ‘kit’ de diagnóstico para o novo vírus, identificado pela primeira vez na China no final do ano, e começou a enviar, em 05 de fevereiro, o teste para laboratórios certificados em cada um dos 50 Estados do território norte-americano, de forma a acelerar a deteção local de potenciais casos de infeção.
O ‘kit’ de diagnóstico também foi disponibilizado para outros cerca de 30 países.
Vários laboratórios nos Estados Unidos constataram, no entanto, durante os procedimentos regulares de verificação, que o teste podia produzir resultados inconclusivos, nem positivos e nem negativos.
“Certos Estados obtiveram resultados laboratoriais inconclusivos", declarou a diretora de departamento de doenças respiratórias do CDC, Nancy Messonnier.
“Pensamos que um dos três reagentes não está a funcionar de forma uniforme", referiu Nancy Messonnier, concluindo: “É por isso que estamos a trabalhar na reformulação desse reagente”.
A administração norte-americana disse na terça-feira que um grupo de 36 países tinha encomendado o ‘kit’ de diagnóstico, mas o CDC (agência do Departamento de Saúde norte-americano) não forneceu uma lista pormenorizada.
Enquanto se aguardam novos desenvolvimentos, os testes ao novo coronavírus realizados nos Estados Unidos vão continuar a ser efetuados em Atlanta, na sede do CDC.
Até à data, os Estados Unidos têm 13 casos confirmados de Covid-2019.
O novo coronavírus Covid-2019, que pode provocar doenças respiratórias potencialmente graves como a pneumonia, foi detetado pela primeira vez no final do ano em Wuhan, na província de Hubei (centro da China).
Desde então, e a par do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, foram confirmados outros casos de infeção do novo coronavírus em cerca de 30 países e territórios.
O surto provocado pelo novo coronavírus causou já 1.115 mortos, dos quais 1.113 na China continental, onde se contabilizam mais de 44 mil infetados, segundo os últimos dados das autoridades chinesas.
O novo vírus pertence à mesma família do vírus da síndroma respiratória aguda (SARS, na sigla em inglês), que atingiu 5.327 pessoas entre novembro de 2002 e agosto de 2003 e foi responsável por 800 mortes, a grande maioria na China.
A OMS declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
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