“Esta é uma estrutura que tem todas as condições para poder receber com toda a segurança pessoas autónomas e pessoas dependentes, em quartos muito bem apetrechados”, afirmou o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes.
Segundo o autarca, trata-se também de “um espaço próximo do Hospital de Leiria”.
“É uma solução que nos deixa bastante satisfeitos e esperamos que não seja muito usada, mas fica já disponível para esta região de forma a colmatar a pressão que o Hospital de Leiria poderá vir a enfrentar nas próximas semanas” devido à pandemia, acrescentou Gonçalo Lopes, explicando que as despesas serão repartidas entre a Câmara de Leiria e a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), a que também preside.
O comandante distrital da Proteção Civil de Leiria adiantou que “foi feita uma visita por parte de elementos da Proteção Civil, Autoridade de Saúde e Segurança Social para instalar uma EAR no seminário e o espaço foi considerado apto e adequado para esta função”.
“Esta EAR destina-se a alojar utentes infetados com o novo coronavírus sem necessidade de internamento hospitalar ou que não possam permanecer por exemplo em lares e que necessitam de apoio”, esclareceu.
O comandante distrital da Proteção Civil salientou que estas pessoas têm de ser acolhidas “num determinado local até terem um teste negativo, para que depois possam regressar aos lares ou aos seus locais habituais de residência”.
“Esta estrutura é uma forma também de possibilitar a libertação de camas dos hospitais para os casos mais graves de covid-19 que necessitam de internamento para tratamento hospitalar”, referiu Carlos Guerra.
Este responsável salientou que EAR será a primeira de âmbito distrital.
“É uma solução necessária que corresponde às necessidades previstas”, assinalou, acrescentando que o seminário dispõe de 45 quartos.
Carlos Guerra precisou que “serão estudantes de Enfermagem e de Ação Social do Politécnico de Leiria que darão assistência aos utentes da EAR, através do MAREESS [Medida de Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Saúde], do Instituto do Emprego e Formação Profissional, que contratualizará este trabalho”.
Entretanto, o Seminário Diocesano de Leiria informou que “tem vindo a dialogar com as entidades civis sobre a possibilidade de acolher nas suas instalações uma estrutura de apoio de retaguarda para doentes covid-19”.
“A responsabilidade social e os princípios evangélicos que nos regem levam-nos a estar de portas abertas para colaborar na luta contra uma epidemia que a todos nos atinge”, adiantou o reitor, padre José Augusto Rodrigues, numa nota divulgada no ‘site’ da Diocese de Leiria-Fátima.
O distrito de Leiria, com 16 concelhos, registou desde o início da pandemia, em março, 2.799 casos confirmados do novo coronavírus, mantendo-se 794 ativos, segundo o último boletim da Comissão Distrital de Proteção Civil, divulgado às 01:39 de hoje.
Há ainda 1.940 pessoas recuperadas e 65 óbitos.
A CIMRL integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
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