A mesma fonte adiantou que um sexto migrante, que também esteve alojado naquele hostel da rua Morais Soares, em Lisboa, foi localizada pelas autoridades do Reino Unido, para onde fugiu a partir de Portugal.
A fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras precisou que este migrante localizado no Reino Unido tinha saído de Portugal antes de ser detetado o caso de covi-19 no hostel.
O hostel Aykibom, localizado na rua Morais Soares, na freguesia de Arroios, foi evacuado no domingo devido a um caso positivo da doença, somando-se a este caso mais de uma centena depois de terem sido feitos testes à covid-19 a todos os residentes e funcionários daquela unidade.
No entanto e quando foram realizados, também no domingo, os testes à covid-19 a todos os requerentes de proteção internacional alojados no hostel, não estavam presentes 25 desses imigrantes.
A pedido das autoridades sanitárias, o SEF realizou várias averiguações e na quarta-feira anunciou que tinha detetado 19 dos 25 cidadãos estrangeiros.
Dos seis desaparecidos, um foi localizado no Reino Unido e o Serviço de Estrangeiro e Fronteiras julga que um outro migrante também se encontre naquele país.
A fonte do SEF disse ainda à Lusa que é urgente a localização dos cinco migrantes para serem entregues à autoridades de saúde, devendo estar para breve as conclusões das diligências que estão a ser efetuadas.
Os 171 migrantes que estavam hospedados neste hostel foram transportados para a Base Aérea da Ota, em Alenquer. Destes requerentes de asilo, 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.
Num comunicado divulgado na quarta-feira, o Conselho Português para os Refugiados (CPR), entidade responsável pelo acolhimento,referiu que não tinha perdido o rasto aos migrantes desaparecidos e que tinham sido localizados 19, sem nunca mencionar que estavam desaparecidos seis requerentes de proteção internacional.
Segundo o CPR, as listagens de acolhimento são atualizadas regularmente e qualquer requerente de proteção internacional tem liberdade de circulação em Portugal, não estando “obrigados a permanecer sempre no mesmo município” e devem manter “o SEF informado acerca do seu paradeiro, nos termos da Lei do Asilo”.
O CPR salienta também que, nos termos desta legislação, os requerentes de proteção internacional estão, durante todo o procedimento, em situação regular em Portugal.
Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 já ultrapassou os 2,7 milhões de infetados e matou quase 200 mil pessoas em todo o mundo desde que surgiu em dezembro na China, segundo o balanço feito hoje pela AFP.
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