Por despacho do presidente russo, os dias 04, 05, 06 e 07 foram declarados dias em que não se trabalha, aos quais se somam quatro dias de fim de semana e dois de celebrações, o 1.º de Maio e o Dia da Vitória, no dia 09, que, por calharem num sábado e domingo, respetivamente, são transferidos para os próximos dias úteis.
No entanto, segundo uma sondagem realizada pelo ‘site’ SuperJob.ru., cerca de metade das empresas (48%) decidiram que o seu pessoal trabalhará durante os dias declarados não laborais com o argumento de não conseguirem arcar com os custos económicos da medida.
Perante a situação de pandemia de covid-19, as autoridades de muitas das cidades russas, incluindo Moscovo, proibiram as habituais celebrações do 1.º de Maio pelo segundo ano consecutivo, pois nelas participam grandes massas, com o objetivo de evitar riscos para a saúde pública.
A maioria dos sindicatos e partidos políticos limitou-se a realizar comícios virtuais, embora os comunistas tenham estado presentes no centro de Moscovo, apesar das restrições sanitárias.
O líder do Partido Comunista da Rússia, Gennadi Zyuganov, acompanhado por dirigentes e militantes comunistas, depositou uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, próximo ao muro do Kremlin, apesar de inicialmente estar previsto colocar a coroa de flores no mausoléu de Lenin.
As autoridades de saúde russas negam que o país esteja a ser afetado por uma terceira onda da pandemia de covi-19, embora admitam que há um aumento da mortalidade nas últimas semanas, principalmente na capital russa.
De acordo com os números hoje publicados no ‘site’ do gabinete de crise constituído pelo governo para lidar com a pandemia, foram declarados 3.208 novos infetados em Moscovo nas últimas 24 horas, mais 56% dos números registados no início do mês de abril deste ano.
O número de casos de pessoas infetadas na capital russa representa mais de um terço do total contabilizado no mesmo período em todo o país (9.270 infetados).
A nível nacional, as estatísticas oficiais mostram uma estabilização das infeções no último mês, entre 8.000 e pouco mais de 9.000 casos diários, longe dos quase 30.000 registados em dezembro de 2020.
“É uma situação explosiva. Se certas condições coincidirem, pode haver um aumento acentuado na morbidade”, avisou numa intervenção na televisão Dozhd, Mikhail Kagan, especialista da Vrachu.ru, um centro digital ligado à área da medicina.
As autoridades russas consideram que a vacinação em massa é a única maneira alcançar a imunidade coletiva contra a covid-19.
Apesar de a Rússia ter três vacinas próprias, incluindo a Spunik V, uma pioneira mundial, o processo de imunização da população, que começou em massa em 18 de janeiro, está a progredir mais lentamente do que noutros países.
De acordo com a página na internet Gogov.ru, que fornece dados atualizados e detalhados por regiões do número de vacinas administradas no país, à data de hoje, na Rússia, 12.377.978 pessoas, ou seja, 8,47% da população, foram vacinadas com pelo menos uma dose das vacinas russa.
Do total da população vacinada, 7.556.421 ou 5,17% da população foi vacinada com as duas tomas.
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