Já num comunicado divulgado na quarta-feira, a multinacional que produz e comercializa louça sanitária, revestimentos e pavimentos, justifica a decisão com os efeitos da “fase mais avançada de propagação do coronavírus em Portugal”, que provocou a “redução significativa da procura ou efetiva suspensão de encomendas” por parte dos clientes.
A Roca, que encontra ainda “dificuldades emergentes na cadeia de abastecimento”, suspende temporariamente a atividade recorrendo ao mecanismo de ‘lay-off’. Em funcionamento permanecem “serviços mínimos” nas áreas comerciais e de logística.
O 'lay-off' permite a redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo.
A Roca não fixa um prazo para o retorno à atividade, dizendo estar “a agir ativamente” e a “monitorizar de forma contínua” a situação, que “será alterada mediante novas indicações ou medidas oficiais”.
Dedicada ao design, produção e comercialização de produtos para espaços de banho, a Roca emprega um total de cerca de 24 mil trabalhadores em centros de produção distribuídos por 170 países.
Em Leiria, onde está sediada, a empresa dá trabalho a mais de 900 pessoas e é a maior exportadora do distrito.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).
Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
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