Em comunicado, o regulador europeu informa que “começou a avaliar um pedido para alargar a utilização da vacina contra a covid-19 Comirnaty a jovens dos 12 aos 15 anos de idade”, fármaco este que já está autorizado na União Europeia (UE) para pessoas com 16 ou mais anos.
Segue-se agora uma “avaliação acelerada dos dados apresentados pela empresa que comercializa a Comirnaty, incluindo os resultados de um grande estudo clínico em curso envolvendo adolescentes a partir dos 12 anos de idade, a fim de decidir se deve recomendar a extensão da indicação”.
A análise estará a cargo do comité de medicamentos humanos da EMA, que emitirá depois um parecer que será submetido à Comissão Europeia.
Espera-se que o resultado desta avaliação seja conhecido até junho, a não ser sejam necessárias informações suplementares.
Caberá depois ao executivo comunitário tomar uma decisão final juridicamente vinculativa aplicável em todos os Estados-membros da UE.
Baseado na tecnologia do ARN mensageiro, a vacina Comirnaty funciona protegendo o corpo para se defender do SARS-CoV-2 e foi a primeira vacina a ser usada na UE contra a covid-19 após ‘luz verde’ da EMA em dezembro de 2020.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Moderna, Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
A ferramenta ‘online’ do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) para rastrear a vacinação da UE e que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela que uma média de 10,3% da população da UE está totalmente inoculada (com as duas doses da vacina contra a covid-19), enquanto 27,8% recebeu a primeira dose.
Em termos absolutos, isto equivale a 139 milhões de doses de vacinas administradas de 162 milhões de doses recebidas.
Ainda segundo o ECDC, foram já distribuídas 108 milhões de doses da vacina da Comirnaty, sendo este o fármaco com maior presença no espaço comunitário, desde logo pela disponibilidade das farmacêuticas em fazer face aos problemas de entregas de outras empresas.
Além dos constantes atrasos na entrega das vacinas e em doses aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica AstraZeneca, a campanha de vacinação da UE tem sido marcada por casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco, relação confirmada pelo regulador europeu, como aliás aconteceu com a vacina da Johnson & Johnson.
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