Na conferência de imprensa quinzenal da Proteção Civil Distrital, em Loulé, no distrito de Faro, a delegada de saúde regional afirmou que a região está a atravessar um “bom momento” com uma “descida no número de casos”.
Ana Cristina Guerreiro revelou ainda que, nas últimas 24 horas, há a registar no Algarve “106 novos casos” e “sete óbitos”.
Existem na região “185 doentes internados, 30 em unidades de cuidados intensivos (UCI)”, dos quais 12 estão ventilados, indicou a responsável.
Ana Cristina Guerreiro adiantou que, no Algarve, o pico de casos aconteceu em “26 de janeiro”, classificando aquele como o “pior dia” desta terceira vaga.
A delegada de saúde regional indicou ainda o dia 04 de fevereiro como o pior para os hospitais, sendo que, “desde essa altura tem-se aliviado a pressão, embora lentamente”.
A responsável mostrou-se ainda preocupada com a situação nos lares de idosos, onde ainda se registam surtos, existindo atualmente no Algarve “561 casos, fundamentalmente em residentes, mas também em alguns funcionários”.
Para delegada, a existência destes casos deve-se “essencialmente ao facto de a doença circular na comunidade”.
No entanto, admitiu que podem “ocorrer alguns surtos” após a toma da primeira dose da vacina, consequência de algum “afrouxamento nas medidas de combate”.
Ana Cristina Guerreiro deu ainda conta de um novo surto que surgiu na equipa da Polícia de Segurança Pública (PSP) que “faz apoio ao aeroporto” com “seis casos confirmados”, mas que levou ao confinamento de outros “15 profissionais”, numa equipa de cerca de “30 elementos”.
Presente na conferência de imprensa, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve revelou a existência de “27 profissionais de saúde infetados, a maioria nas unidades hospitalares da região, apenas um nos centros de saúde”, e a recuperação de 201 desses profissionais.
Paulo Morgado destacou ainda que há uma “diminuição dos doentes internados em UCI e enfermaria” nos hospitais e que o atual número de Rt na região é de “0,75, valor nunca atingido”, realçou.
“Estamos numa fase de decréscimo acentuado no número de casos que espero que se vá manter”, afirmou, considerando essencial que se mantenham as medidas de combate à covid-19, “diminuindo a pressão dos serviços de saúde”.
Quanto ao processo de vacinação, o dirigente revelou que o Algarve recebeu “11 mil vacinas”, havendo já “mais de 5 mil pessoas vacinadas”, tendo-se iniciado a vacinação de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas e com mais de 80 anos em dois pontos da região, que serão alargados para "sete na próxima semana".
Está prevista para hoje a conclusão da vacinação dos “600 bombeiros da região”, incluídos nesta primeira fase, seguindo-se no fim de semana os quase 750 militares da Guarda Nacional Republicada e depois os mais de 500 elementos da PSP da região, anunciou.
Nos lares, mantém-se a vacinação das segundas doses e a aplicação das primeiras nos que “estão a sair dos surtos”, apontou o presidente da ARS/Algarve.
Em relação ao processo de vacinação, a delegada de saúde regional destacou a importância de se vacinar “toda a população presente no território”, mesmo algumas pessoas que estejam "ilegais" porque considera “essencial” não haver “uma brecha” para que “todos possam estar protegidos”.
Comentários