"Em alguns países as celebrações litúrgicas com os fiéis já foram retomadas, noutros a possibilidade está a ser avaliada e em Itália, a partir de amanhã, será possível celebrar a Santa Missa com o povo", assinalou Francisco durante a oração do Regina Coeli, que devido à pandemia de Covid-19 é realizada na biblioteca do palácio apostólico e não à janela, em frente à Praça de São Pedro.
Em Itália, as celebrações comunitárias são autorizadas a partir de segunda-feira e, em Portugal, a data para o regresso das cerimónias é dia 30 de maio.
“Por favor, respeitemos as regras, as prescrições que nos são dadas para salvaguardar a saúde de todos”, pediu.
Francisco também se dirigiu a todas as crianças que por causa da pandemia não puderam fazer comunhão este ano e convidou-as "a viver este tempo de espera como uma oportunidade para se prepararem melhor: rezando, lendo o catecismo para aprofundar o conhecimento de Jesus, crescendo na bondade e no serviço".
A partir de segunda-feira, e após o pedido dos bispos do país, vai ser possível ir novamente à missa em Itália, sob rigorosas medidas de segurança, como bancos separados e distantes, limitação do número máximo de fiéis que podem entrar e a obrigatoriedade do uso de luvas e máscaras.
À entrada será colocado um doseador de gel desinfetante e todos os objetos utilizados durante a cerimónia devem ser desinfetados no final.
Para a comunhão, o celebrante deve desinfetar as mãos e usar luvas e máscara, tendo o cuidado de não entrar em contacto com as mãos dos fiéis.
Um organista pode estar presente, mas um coro não é permitido, nem os guiões com os salmos ou canções podem ser distribuídos.
As ofertas não serão recolhidas durante a celebração, mas depositadas pelos fiéis em recipientes especiais colocados nas entradas ou em outro local considerado apropriado.
Em Portugal, a partir de 30 de maio, estão autorizadas celebrações religiosas de acordo com regras definidas entre as autoridades de saúde e as confissões.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 309 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.203 pessoas das 28.810 confirmadas como infetadas, e há 3.822 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 121 mil contra mais de 165 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
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