"O crescimento não é tão exponencial como era anteriormente. Há alguns indícios de que a situação se estabilizou, mas vimos em outros países que, após alguma estabilização, os casos podem aumentar novamente", alertou o diretor do programa de Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan.
Segundo o especialista, "é um momento para se ser extremamente cauteloso e continuar com o foco em medidas de distanciamento físico, higiene e redução de eventos de massas".
Nesse sentido, Ryan pediu especial apoio aos grupos mais vulneráveis face à pandemia, como as minorias indígenas ou pessoas que vivem em favelas e em outras áreas pobres, onde o distanciamento social e as medidas de higiene são mais difíceis de aplicar.
O diretor disse ainda que o Brasil, segundo país com mais mortos e infetados pela covid-19 no mundo, é uma nação "com uma longa história" de combate a doenças epidémicas, e que "pode controlar a doença com sucesso" se permanecer unido.
O Brasil contabilizou na terça-feira 1.282 óbitos e 34.918 infetados, registando um novo recorde diário de casos de infeção, segundo dados do executivo brasileiro.
No total, o país sul-americano conta com 45.241 vítimas mortais e já ultrapassou a barreira dos 900 mil casos confirmados de covid-19, totalizando 923.189 pessoas diagnosticadas desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 443 mil mortos e infetou mais de 8,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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