No estado de Puebla, “pelo menos 96 pessoas foram intoxicadas por álcool que se presume adulterado; 70 morreram, 15 estão hospitalizadas e 11 tiveram alta”, informou o secretário da Saúde da região, precisando que a situação da maioria dos casos hospitalizados é considerada grave.
Em Chiconcuautla, principal foco da intoxicação com “refino” (uma aguardente de açúcar de cana de produção artesanal), 23 pessoas morreram após terem ingerido álcool adulterado num funeral em que estiveram presentes pelo menos 80 pessoas, apesar de os serviços fúnebres em larga escala terem sido proibidos, para lutar contra a pandemia de covid-19.
Registaram-se ainda vítimas mortais nos estados de Jalisco, Morelos, Yucatán e Veracruz, elevando para 138 o balanço oficial das mortes por intoxicação por metanol, uma substância tóxica, aparentada com o etanol, que não deixa cheiro nem sabor quando presente em bebidas.
Segundo as autoridades mexicanas, a crise sanitária provocada pela pandemia provocou a escassez de várias bebidas alcóolicas, levando muitos a consumir álcool de origem duvidosa.
No início de abril, o Governo mexicano suspendeu a produção de produtos considerados não essenciais, incluindo cerveja, uma das medidas para lutar contra a pandemia do novo coronavírus.
Em alguns estados, a restrição à venda de bebidas alcoólicas foi mais longe, com alguns governadores a decretarem a sua proibição, alegando que o álcool poderia contribuir para o aumento da violência doméstica ou promover os encontros sociais, limitados para travar a propagação da covid-19.
Desde o início da pandemia, o México registou 5.177 mortos por covid-19 e 49.219 infeções, de acordo com o balanço mais recente da agência de notícias France-Presse (AFP).
A nível global, de acordo com o balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
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