“O Governo solicitou assistência das organizações humanitárias internacionais presentes no país para responder ao impacto da situação de segurança alimentar”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz das Nações Unidas.
O porta-voz referiu que as Nações Unidas estão em contacto com as autoridades norte-coreanas para analisar o impacto que a falta de alimentos pode ter sobre a população mais vulnerável e agir cedo para suprimir as necessidades humanitárias.
Stéphane Dujarric explicou que, de acordo com dados fornecidos por Pyongyang, é esperado que em 2019 o país tenha uma escassez de cerca de 1,4 milhões de toneladas de alimentos básicos, como trigo, arroz, batata ou soja.
“As Nações Unidas estão preocupadas com a deterioração da situação de segurança alimentar na Coreia do Norte e estão a analisar com governo”, defendeu.
O país asiático foi o cenário nos anos 1990 de uma fome severa que, de acordo com diferentes estimativas, custou a vida de entre 250 mil e mais de três milhões de pessoas.
A Coreia do Norte está sujeita a sanções internacionais significativas como resultado do seu programa nuclear e de mísseis e, embora haja isenções humanitárias, muitos especialistas reconhecem que as punições contra o regime também afetam a população.
Países como a Rússia pediram o levantamento de algumas dessas sanções para encorajar Pyongyang a avançar nas negociações de desnuclearização com os Estados Unidos, que querem ver resultados concretos antes de dar esse passo.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, vão realizar na próxima semana a segunda cimeira em Hanói, no Vietname, com o objetivo de chegar a acordo sobre uma “definição compartilhada” do que significa desnuclearização, depois de meses de impasse nas negociações.
Trump e Kim realizaram uma primeira reunião histórica em Singapura em junho passado para dar os primeiros passos neste processo.
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