Durante a manhã, os congressistas vão eleger a Direção Nacional, a Mesa da Convenção Nacional, o Conselho Nacional, o Conselho de Jurisdição Nacional e o Conselho de Auditoria e Controlo Financeiro.
À tarde, após a tomada de posse, discursam os “convidados internacionais”, encerrando a convenção com o discurso de André Ventura, reeleito no sábado presidente da direção do partido com 98,3% dos votos.
Segundo o partido, antes do encerramento pelo presidente do Chega, falarão, durante cinco minutos cada, o eurodeputado Jordan Bardella, que sucedeu a Marine Le Pen como líder do partido francês Rassemblement National, Tino Chrupalla, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), Geert Wilders, do Partido da Liberdade (PVV), dos Países Baixos, Tom Van Grieken, do Vlaams Belang (VB), da região belga da Flandres, e Boris Kollar, do movimento eslovaco Sme Rodina (Somos Família).
Está prevista também a presença de Rocio Monasterio, líder do Vox em Madrid, Espanha, Kinga Gál, vice-presidente do Fidesz, partido no poder na Hungria, e Cláudiu Tarziu, da Aliança para a União dos Romenos (AUR), segundo disse à Lusa fonte do Chega.
Quanto aos partidos nacionais, apenas os da direita estão confirmados no encerramento da convenção, com a delegação do PSD a ser liderada pelo vice-presidente Miguel Pinto Luz e a incluir o vice-presidente do grupo parlamentar, deputado eleito por Santarém, João Moura, além do presidente da concelhia, João Leite.
Pela Iniciativa Liberal, estará presente Rodrigo Saraiva, líder parlamentar, e Afonso Neves, coordenador do núcleo de Santarém, fazendo-se o CDS-PP representar pelo vice-presidente Paulo Núncio e a dirigente Raquel Paradela, vogal da Comissão Política Nacional.
O Governo estará representado pela ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.
A V Convenção Nacional do Chega, a primeira desde que se tornou a terceira força política no parlamento, com a eleição de 12 deputados - foi marcada na sequência do chumbo dos estatutos pelo Tribunal Constitucional, mas o partido decidiu não fazer mais alterações às suas regras internas e voltar a adotar os estatutos originais, de 2019.
No discurso proferido sábado, Ventura estabeleceu como um dos objetivos do seu mandato "ganhar a rua à esquerda" e advertiu que só os portugueses podem estabelecer "linhas vermelhas" quanto a futuras coligações.
"Eu quero que todos compreendam que a mensagem que sai deste congresso é uma e só uma: nós queremos ser Governo em Portugal, mas não estamos dispostos a 'geringonças' de direita porque elas nunca funcionaram e connosco também não vão funcionar", salientou, defendendo que, após as próximas eleições legislativas, "a direita terá uma escolha, ou há governo com o Chega ou não há governo de todo".
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