"José Sá Fernandes é o coordenador do grupo de projeto para a Jornada Mundial da Juventude", disse à Lusa a fonte do gabinete de Ana Catarina Mendes em resposta a um pedido de comentário às declarações feitas na terça-feira pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, sobre o papel de Sá Fernandes em relação à iniciativa.
Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, Anacoreta Correia declarou que a autarquia vai assumir o contacto direto com a Igreja (a JMJ é considerada o maior acontecimento da Igreja Católica), excluindo o coordenador nomeado pelo Governo.
"Quando o presidente da câmara [Carlos Moedas] diz ‘eu agora é que coordeno’, o que está a dizer é que nós não aceitamos mais pretensos coordenadores que não fazem nada e que não ajudam a resolver nada. A câmara municipal é que coordena, a câmara municipal é que vai fazer”, afirmou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, referindo-se a José Sá Fernandes.
O grupo de projeto integra todas as partes envolvidas na organização da JMJ, ou seja, o Governo e as autarquias de Lisboa, Loures, Cascais e Oeiras.
Contactado pela Lusa na terça-feira, Sá Fernandes não quis comentar as declarações de Anacoreta Correia.
O advogado foi nomeado pelo primeiro-ministro para “coordenador do Grupo de Projeto para a Jornada Mundial da Juventude”, de acordo com o despacho publicado a 05/08/2021 em Diário da República, com efeitos a 11 de outubro do mesmo ano. A tutela cabe agora a Ana Catarina Mendes.
A Jornada Mundial da Juventude vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
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