Luís Montenegro participou hoje na primeira reunião da bancada do grupo parlamentar depois do Congresso do PSD, do qual saiu formalmente como o novo presidente do partido.
No final da reunião, que durou quase duas horas, o líder do PSD assinalou que a sua primeira semana em funções coincide com os cem dias do Governo do PS.
“Não deixa de ser curioso que, quando Portugal olha para estes cem dias, parece que são cem meses, dado que o Governo é de continuidade com os anteriores. Nada mudou com a maioria absoluta, continuamos a ter um Governo que não é capaz de transformar o país e suster a rota de empobrecimento que os portugueses estão a sentir cada vez mais no dia a dia”, criticou.
Luís Montenegro apontou, por outro lado, a “confusão, bagunça mesmo, que reina dentro do Governo”, aludindo ao episódio da semana passada entre o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas.
“O Governo não tem o direito ao esquecimento no fundamental da sua ação política: a autoridade e credibilidade do primeiro-ministro foram feridas de morte, depois de ter havido uma querela, uma briga, uma bulha dentro do núcleo duro do Governo que não está explicada, carece de muitas respostas”, defendeu.
“Estes cem dias são mais cem dias perdidos e são cem dias de perfeita confusão, desnorte, diria mesmo ligeireza no exercício das funções do Governo”, acrescentou.
O XXIII Governo Constitucional tomou posse em 30 de março, dois meses depois das legislativas de 30 de janeiro que deram ao PS uma maioria absoluta.
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