“A avaliação dos resultados correspondentes à fase de apresentação de candidaturas aos procedimentos concursais, primeira época, destinados à contratação de profissionais para as áreas de Medicina Geral e Familiar, Hospitalar e de Saúde Pública, certifica que nos concursos de 2018, lançados pela ACSS a 26 de julho, foi registado o maior número de vagas para novos médicos especialistas (1.234) e o maior número de candidatos (1.117)”, com uma taxa de 90,5%, afirma o organismo em comunicado.
A ACSS adianta que as 1.234 vagas abertas este ano estão 11,9% acima do número de médicos recém-especialistas formados em 2018 (mais 131 vagas).
“Estes concursos da primeira época de 2018 registaram uma elevada taxa de interesse por parte de médicos que concluíram a especialidade noutras épocas anteriores, com destaque para a área da Medicina Geral e Familiar, onde em 351 candidatos, 51 são provenientes de épocas anteriores (14,5% do total de candidatos)”, sublinha ainda.
De acordo com os dados, em 2016 foram abertas 1.074 vagas e houve 907 candidatos (84,5%) e em 2017 houve 820 vagas às quais se candidataram 705 profissionais (86%).
A Administração Central do Sistema de Saúde recorda que até 2015 os concursos estavam descentralizados nas Administrações Regionais de Saúde (ARS) e nos hospitais, sendo que as vagas colocadas a concurso na primeira época foram de 658 em 2013, 708 em 2014 e 685 em 2015.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, já tinha afirmado na quarta-feira à agência Lusa que a captação de médicos do concurso deste ano para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “foi superior ao que acontece em anos anteriores”.
As estruturas profissionais e sindicais dos médicos pressionaram este ano o Governo para que houvesse atrasos na abertura dos concursos para os jovens que terminaram o internato este ano, depois de no ano passado o concurso ter demorado mais de 10 meses a abrir. Este ano o concurso foi aberto cerca de três meses depois.
As 1.234 vagas postas a concurso estavam 11,9% acima do número de médicos recém-especialistas formados em 2018 (mais 131 vagas), o que tinha como objetivo, segundo o Ministério da Saúde, tentar captar médicos de fora do SNS.
Questionado sobre se este objetivo falhou, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde indicou que “houve alguns médicos de fora” do SNS que concorreram, mas ainda não há dados totais e objetivos que permitam perceber quantos.
“Também não esperávamos uma avalanche de médicos de fora”, adiantou.
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