A assembleia-geral da Comissão da ONU para os Direitos Humanos aprovou também, na quinta-feira, uma resolução, com 85 votos a favor, 30 contra e 68 abstenções, na qual “exortou veementemente” o Irão a eliminar a discriminação contra as mulheres na lei.
Os 85 países que votaram a favor manifestaram uma “séria preocupação com as severas limitações e restrições ao direito à liberdade de pensamento, religião ou crença”.
O Irão, de acordo com a resolução da Comissão dos Direitos Humanos, deve pôr fim às “restrições generalizadas e sérias”, incluindo a liberdade de reunião de opositores políticos, defensores dos direitos humanos, líderes trabalhistas, ambientalistas, académicos, cineastas, jornalistas, entre outros.
Embora a resolução saúde a eliminação da pena de morte para alguns delitos relacionados com drogas, expressou “grande preocupação” com a “alarmante frequência” do uso da pena de morte no Irão, mesmo em casos que envolvem menores.
O vice-embaixador iraniano na ONU, Eshagh al-Habi, desvalorizou a resolução, que apelidou de “charada política”.
“Semelhante a qualquer outro país, deficiências podem existir e estamos determinados a resolvê-las”, disse Eshagh al-Habi, “no entanto, aqueles que tradicionalmente e historicamente apoiaram o colonialismo, a escravatura, o racismo e o apartheid não podem ensinar os direitos humanos aos iranianos”.
O embaixador saudita, Abdallah al-Mouallimi, rival regional do Irão, denunciou que Teerão “abriga terroristas”.
“O povo iraniano continua a sofrer sob um regime que não respeita os direitos humanos, nega as liberdades, persegue as minorias religiosas e raciais”, disse o embaixador saudita.
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