Em comunicado, a organização alertou que muitos dos imigrantes não estão a receber qualquer informação sobre os pedidos de vistos humanitários ou autorizações de trânsito. Muitos carecem de cuidados médicos adequados.
De acordo com a CNDH, pelo menos cinco grupos de imigrantes de vários países estão espalhados por várias cidades do estado de Chiapas, no sul do país.
Destes, mais de 3.000 estão retidos na cidade de Mapastepec, tendo sido já informados pelas autoridades que podem ter de esperar até seis meses para verem as questões burocráticas resolvidas.
Além disso, existem 2.000 migrantes alojados num centro de imigração em Tapachula que tem capacidade para 960 pessoas, lamentou a organização.
No último sábado, o Instituto Nacional de Migração mexicano informou que 204 migrantes em situação irregular foram reenviados de avião do estado mexicano de Veracruz, no sul do país, de volta para San Pedro Sula, nas Honduras.
De acordo com o instituto, citado pela agência de notícias Associated Press, os migrantes eram na sua maior parte famílias que viajavam com menores.
Este ano, o Governo mexicano suspendeu de forma abrupta a emissão de vistos humanitários na fronteira com a Guatemala. Os vistos garantiam aos migrantes um estatuto legal enquanto atravessavam o território mexicano a caminho dos Estados Unidos.
Desde então, os serviços de fronteiras mexicanos têm enfrentado a pressão da imigração ilegal, que continua a forçar a entrada no país e tem como destino final os Estados Unidos.
O México tem estado sob pressão da administração norte-americana, em particular desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, que exige que seja travada a imigração ilegal nos Estados Unidos a partir do território mexicano.
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