Em causa estão dezenas de crimes de burla, simples e qualificada, falsidade informática, burla informática, incluindo agravada e acesso ilegítimo, cometidos em autoria singular ou coautoria, de acordo com o despacho de acusação consultado pela agência Lusa.
Os arguidos, 16 homens e 13 mulheres, com idades entre 23 e 71 anos, residem sobretudo no Alentejo, havendo relações familiares entre alguns.
Dos suspeitos, 18 moram na mesma localidade e 26 estavam desempregados.
De acordo com o despacho, os acusados, conhecedores do “funcionamento do serviço e das aplicações MBWAY e MBPHONE [esta foi descontinuada em novembro de 2022]”, começaram a enganar pessoas desconhecedoras essas aplicações e a tirar proveitos económicos.
Tudo começava com páginas na Internet de venda de artigos. Os arguidos manifestavam interesse num artigo e sugeriam o pagamento através do MB WAY. Como os vendedores desconheciam a aplicação, os acusados prontificavam-se para os ajudar.
No final, o cartão bancário do vendedor ficava associado ao telemóvel do alegado comprador, que ganhava assim, através da aplicação, acesso ao cartão e conta bancária dos lesados.
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