Depois de anunciados os serviços mínimos, os automobilistas lisboetas começaram a deslocar-se de bomba em bomba de combustível para tentarem abastecer, tal como confirmaram à Lusa vários cidadãos que esperavam pela sua vez naquelas bombas da Repsol.
O camião cisterna chegou pouco depois das 16:00 à bomba de gasolina, com um total de 33 mil litros combustível, 15 mil deles de gasóleo e o restante de gasolina.
“Neste momento, venho da Prio da Damaia e está uma fila muito maior do que esta e a de Oeiras está super cheia, com as filas a chegarem à estação de comboios”, explicou Cláudia Gomes enquanto esperava para abastecer.
Cláudia Gomes, que teve de desmarcar compromissos profissionais, passá-los “para outro dia” e “compensar com outro dia de trabalho”, pôs ainda a hipótese de parar o carro caso não conseguisse abastecer na cidade de Lisboa.
A fila de carro provenientes da 2ª Circular e da Avenida Lusíada continuava a aumentar enquanto José Ramos esperava para abastecer e se pronunciava à Agência Lusa sobre a situação.
Embora a greve dos motoristas de matérias perigosas não o afete, uma vez que não anda muito de carro, considera que esta “mexe com a economia, com os serviços essenciais e a vida das pessoas”.
Explicou também que o tempo de espera naquela bomba de combustível seria superior a duas horas.
“Tive a informação que esta bomba ia ser abastecida e, como moro aqui próximo, fiquei aqui na fila, mas já me disseram que só daqui a duas horas é que podem começar a fornecer combustível e isto eu não entendo”.
Enquanto tomava conta de sua bebé, Catarina Rocha contou à Lusa que se quer “precaver” porque, “numa situação de urgência”, tem de ser deslocar com a criança.
“Desde ontem [terça-feira] que andei a tentar algumas bombas e foi por sorte chegar aqui e estarem mesmo a abastecer”, frisou, sendo este um cenário comum entre muitos dos utentes na longa fila de espera.
Catarina Rocha explicou à Lusa que o tempo de espera é igualmente grande em todas as bombas de gasolina que visitou e onde tentou abastecer o seu carro.
Uma hora depois, entre buzinas e muito trânsito, a fila de carros em espera continuava a aumentar ao longo da 2ª Circular e da Avenida Lusíada, sem que nenhum carro entrasse nas bombas de gasolina para abastecer.
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