Nesta eleição, vai pesar fortemente o acordo de paz assinado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), grupo guerrilheiro de esquerda ativo cerca de 50 anos no país, e cujo futuro dependerá em grande parte do novo chefe de Estado.
O acordo, que atravessa uma crise, é um compromisso do Estado colombiano mas a sua execução dependerá, em parte, da vontade do próximo Presidente de levar adiante o pacto que levou cerca de 7.000 guerrilheiros a abandonarem as armas.
Os colombianos estão divididos entre aqueles que acreditam que o acordo precisa mudar porque é muito generoso com as FARC, agora convertida em partido político, e aqueles que o defendem pela paz que garante.
A dúvida sobre o futuro da paz é real para a coligação de direita liderada por Iván Duque, candidato do Centro Democrático e que lidera todas as sondagens de intenção de voto.
Duque tem o apoio dos ex-Presidentes Álvaro Uribe (2002-2010) e Andrés Pastrana (1998-2002), principais opositores ao acordo com as FARC e que já mostraram a sua força no plebiscito de 02 de outubro de 2016, em que lideraram o triunfo do “não” ao pacto com a ex-guerrilha.
O acordo com as FARC só foi aprovado, posteriormente com reformulações, pelo Congresso colombiano em dezembro de 2016.
O concorrente mais forte de Iván dique é Gustavo Petro, do movimento Colômbia Humana e ex-autarca de Bogotá.
Petro, ex-membro do movimento guerrilheiro 19 de abril (M-19) foi desmobilizado graças a um acordo em 1991, afirmou que a paz é mais do que desarmar as FARC.
Gustavo Petro ocupa o segundo lugar em todas as pesquisas com um intervalo variável de apoio.
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