Na conferência de imprensa que marcou o fim da 32.ª cimeira entre Portugal e Espanha, que se realizou hoje em Trujillo, Espanha, o chefe do Governo espanhol evitou comentar a atualidade política portuguesa, mas fez uma referência à “experiência” que tem partilhado com o chefe do Governo português, nomeadamente nas reuniões que os dois têm a nível europeu.
“Posso garantir que há poucos presidentes do Conselho Europeu com as capacidades e as aptidões que tem o primeiro-ministro português”, disse Sánchez.
Sánchez destacou em António Costa a capacidade de “diálogo e de trabalho para chegar a acordos” a nível das instituições europeias.
O primeiro-ministro espanhol defendeu que “o sistema político em Espanha é completamente diferente” do português, pois “ao contrário de Portugal, onde é o Presidente da República que convoca eleições, em Espanha é o presidente do Governo [primeiro-ministro espanhol]” que o faz.
“Penso que Portugal é um exemplo de estabilidade”, afirmou Pedro Sánchez.
Os trabalhos da Cimeira Luso-Espanhola começaram pouco antes do almoço com reuniões bilaterais setoriais, em que cada ministro se reúne com o seu homólogo do outro país, sendo uma delas entre os dois chefes de Governo, tendo havido em seguida um plenário com todos os membros das duas delegações.
A reunião terminou a meio da tarde com a assinatura de nove acordos bilaterais antes de os dois chefes de Governo terem dado a conferência de imprensa que encerrou a cimeira.
A cimeira teve como lema a “mobilidade sustentável” e foram discutidos temas como a implementação da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço e a execução dos Planos de Recuperação e Resiliência.
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