A nova espécie, designada como 'Eumillipes persephone', tem 1.306 patas curtas, um corpo longo com 330 segmentos, é minúscula - mede 95,7 milímetros de comprimento e 0,95 milímetros de largura - e apresenta uma cabeça em forma de cone, sem olhos, mas com antenas enormes e um bico.
O animal foi descoberto a 60 metros de profundidade na região australiana de Eastern Goldfields.
O anterior recorde de um milípede, entendendo-se como milípede "muitas patas" e não literalmente "mil patas", pertencia a 'Illacme plenipes', um animal artrópode como 'Eumillipes persephone', mas de uma ordem diferente, que tem 750 patas e foi encontrado na Califórnia, nos Estados Unidos.
Os cientistas sugerem que o grande número de segmentos e patas que evoluíram em ambas as espécies pode permitir que os animais gerem forças de impulso que os capacitam a moverem-se através de aberturas estreitas nos 'habitats' subterrâneos em que vivem.
Para minimizar o impacto da exploração mineira na nova espécie, os autores da investigação, divulgada na publicação científica digital Scientific Reports, defendem que esforços devem ser feitos para conservar o seu 'habitat' natural.
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