"Comparar a questão de Taiwan com a da Ucrânia é inaceitável", afirmou a embaixada chinesa em Singapura nas redes sociais, um dia depois de Macron ter alertado responsáveis asiáticos da defesa, em Singapura, para não encararem a invasão russa da Ucrânia como um problema distante.

“Se aceitarmos que a Rússia pode ficar com parte do território da Ucrânia sem qualquer restrição, sem qualquer consequência, sem qualquer reação da ordem global, como descreveriam então o que poderia acontecer em Taiwan?”, questionou Macron durante o Diálogo de Shangri-La, o principal fórum anual de segurança da Ásia.

“O que fariam no dia em que algo acontecesse nas Filipinas?”, acrescentou.

A embaixada da China respondeu prontamente, afirmando que "a questão de Taiwan é inteiramente um assunto interno da China. Existe apenas uma China no mundo, e Taiwan é uma parte inalienável do território chinês".

Embora Taiwan se considere uma nação soberana, Pequim tem reiterado que não exclui o uso da força para a reunificação da ilha com o continente.

No mesmo fórum em Singapura, o Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, alertou este sábado que a China está "claramente a preparar-se" para usar força militar e alterar o equilíbrio de poder na Ásia. Segundo disse, o exército chinês está a desenvolver capacidades para invadir Taiwan e já está “a ensaiar para um cenário real”.