Xi “aceitou com prazer o convite” do seu homólogo para visitar Teerão, segundo um comunicado conjunto, publicado pelo ministério, que não especificou data.
A última visita de Estado do presidente chinês ao Irão ocorreu em janeiro de 2016.
O anúncio surgiu no terceiro e último dia da deslocação de Raisi a Pequim. Foi a primeira visita de Estado de um presidente iraniano à China em mais de 20 anos.
Parceiros políticos e económicos, os dois países enfrentam pressões por parte dos países ocidentais, nomeadamente devido às suas posições face à invasão da Ucrânia pela Rússia.
O Irão enfrenta também duras sanções dos Estados Unidos, devido ao seu programa nuclear.
No comunicado de quinta-feira, os dois países apelaram ao levantamento das sanções, dizendo que “garantir os dividendos económicos do Irão” é uma “parte importante” do acordo nuclear, assinado em 2015.
Pequim e Teerão também pediram a “implementação plena e efetiva” do acordo, culpando a “retirada unilateral dos Estados Unidos” pelas tensões atuais.
O Irão é um dos últimos grandes países a oferecer apoio à Rússia, que foi vetada ao isolamento diplomático, desde o início da intervenção militar na Ucrânia, no final de fevereiro de 2022.
Os países ocidentais acusam a República Islâmica de fornecer a Moscovo veículos aéreos não tripulados (“drones”) militares armados, que estão a ser usados contra a Ucrânia.
Teerão negou aquelas acusações.
Na terça-feira, Xi Jinping elogiou a “solidariedade” nas relações China – Irão, dizendo que “perante a situação complexa, provocada pelos desenvolvimentos no mundo, China e Irão apoiam-se, mostram a sua solidariedade e cooperam”.
Pequim assinou, em 2021, um vasto acordo estratégico de 25 anos com Teerão. Esta importante parceria abrange áreas tão variadas como a energia, segurança, infraestruturas e comunicações.
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