Eleito presidente da JP em 2015, conhecido na jota e no partido por “Chicão”, é autor, “em nome próprio”, de uma moção de estratégia global ao próximo congresso que esteve a divulgar, nas últimas semanas, junto de estruturas e dos militantes e já tem um "hashtag" usado pelos seguidores no Facebook - #seguiremfrente.
"Estou absolutamente seguro de que ao nosso partido não basta apenas afinar o tiro e calibrar o discurso. O CDS tem de mostrar uma nova energia, um vigor renovado, uma lufada de ar fresco e afirmar-se de novo na cena partidária. Portugal pede hoje que o CDS seja a primavera que a direita tem de atravessar para se reinventar", disse.
Francisco Rodrigues dos Santos, que discursou no Porto para mais de uma centena de apoiantes, deixou clara a sua convicção de que, perante o "momento que o partido atravessa", é necessário "bom senso".
"Comigo não contarão para ajustes de contas, para fraturas artificiais ou para pessoalizar os erros do passado que, ainda assim, devem ser assumidos. Temos de viver em paz com a nossa história e saber honrá-la", sustentou.
Presidente da Juventude Popular (JP) desde 2015 e o quinto candidato a entrar na corrida à liderança do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que "não basta ganhar o próximo congresso", mas "provar" que os portugueses "podem voltar a acreditar" no partido.
"Um partido que não será do passado nem passivo e que se assumirá descomplexadamente de direita sem pedir autorização à esquerda para defender as suas ideias (...). E que não se acobarde nem se esconda quando é chamado a travar a batalha cultural", afirmou.
Sob o lema “Voltar a Acreditar” e perante vários militantes do partido, entre eles o presidente da distrital do CDS-PP do Porto, Fernando Barbosa, o candidato à sucessão de Assunção Cristas enumerou alguns dos pontos daquele que é o seu "projeto para Portugal".
Entre as medidas apresentadas, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que, se for eleito presidente do CDS, compromete-se a apresentar um novo projeto de revisão constitucional, uma alteração ao atual sistema fiscal, um pacote de políticas de apoio às famílias e um novo contrato social.
Enumerando a educação, a saúde e a justiça, o candidato assegurou “compreender os desafios nacionais, europeus e mundiais” e comprometeu-se ainda a construir um “documento que garanta uma ação concertada na área do ambiente e eleve o nível de compromisso global”.
“Acredito genuinamente no meu partido, razão pela qual não me escondo, nem abandono o barco. Sou jovem, é verdade, uma qualidade que não só é apreciada pelos eleitores, como o tempo se encarregará de resolver", concluiu.
A presidente do CDS-PP anunciou que iria deixar a liderança do partido logo no início da noite eleitoral das legislativas de 06 de outubro, em que os democratas-cristãos obtiveram 221.094 votos, 4,22% do total, e elegeram cinco deputados, declarando que não se iria recandidatar no próximo congresso extraordinário, que pediu que fosse convocado em breve.
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