Eleito presidente da JP em 2015, conhecido na jota e no partido por “Chicão”, é autor, “em nome próprio”, de uma moção de estratégia global ao próximo congresso que esteve a divulgar, nas últimas semanas, junto de estruturas e dos militantes e já tem um "hashtag" usado pelos seguidores no Facebook - #seguiremfrente.

Em janeiro de 2018, a revista Forbes colocou este advogado, hoje com 31 anos, natural de Coimbra, que estudou no Colégio Militar, na lista dos 30 jovens mais influentes da Europa" ("30 under 30 - Law&Policy 2018").

Profissionalmente, formou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e é atualmente advogado e consultor.

Em termos políticos, Rodrigues dos Santos, um admirador de Winston Churchill, filiou-se na JP em 2007 e no CDS em 2011, exercendo o cargo de deputado municipal em Lisboa, desde 2017. Candidato a deputado pelo Porto nas legislativas de outubro, falhou a eleição.

A atual corrida à liderança do CDS começou logo na noite das eleições, em que o partido passou dos 18 para cinco deputados, com 4,2% dos votos, um dos piores resultados desde a década de 1990.

Nessa noite, Assunção Cristas, presidente desde 2016, anunciou a sua saída do cargo e anunciou a antecipação do congresso, marcado duas semanas depois para 25 e 26 de janeiro, em Aveiro.

Ainda nessa noite, uma hora depois de se saber da decisão de Cristas, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), anunciou a sua candidatura.

Nas 24 horas seguintes, dois dirigentes afirmaram-se também “em reflexão” – primeiro Filipe Lobo d’Ávila, ex-secretário de Estado, que lançou um grupo crítico da liderança de Assunção Cristas, “Juntos pelo Futuro”, que se confessou em “estado de choque” com o resultado, e João Almeida, deputado, porta-voz do CDS e também antigo secretário de Estado.

Ambos lançaram moções de estratégia global e só semanas mais tarde, em novembro, confirmaram que seriam candidatos à presidência do partido.

No conselho nacional que marcou o congresso, em 17 de outubro, Francisco Rodrigues dos Santos, líder da JP, admitiu entrar na corrida, mas remeteu a sua posição para mais tarde.

E durante a reunião, um dirigente e ex-presidente da concelhia de Viana do Castelo, Carlos Meira, que fez uma intervenção crítica para a direção de Cristas no congresso de 2018, também disse que iria candidatar-se.

Como não tem eleições diretas, como o PSD ou o PS, o CDS elege o seu futuro líder em congresso.