Os campeões europeus e mundiais de clubes pediram hoje “que seja permitido aos adeptos ter acesso a bilhetes”, num comunicado em que dão conta de reuniões diárias com todas as partes, da Premier League à federação e ao governo.
Os londrinos não conseguem vender bilhetes para os jogos em casa à exceção dos que já estavam contratualizados com os sócios, o que inclui adeptos não quotizados e fãs dos clubes visitantes, mas também os lugares destinados aos ‘blues’ noutros estádios.
A decisão foi tomada para impedir que Abramovich pudesse gerar lucro através do clube, o que está em linha com as sanções impostas a vários oligarcas russos que o governo britânico vê como próximos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sequência da investida militar na Ucrânia.
De resto, um porta-voz do governo disse hoje que os adeptos do Chelsea têm tido uma postura “totalmente inapropriada” ao cantarem pelo magnata durante o minuto de silêncio destinado à situação humanitária em curso na Ucrânia.
O Chelsea é terceiro classificado da Liga inglesa e está ainda em prova a defender o título europeu, jogando na quarta-feira em França contra o Lille por uma vaga nos quartos de final da Liga dos Campeões, após vencer a primeira mão em Londres por 2-0.
A guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia levou a que muitos países decretassem um conjunto de sanções, incluindo financeiras, aos vários oligarcas próximos de Vladimir Putin, com o congelamento dos seus bens.
Esse facto também afetou o Chelsea, mergulhado assim numa grave crise financeira, o que levou Abramovich a tentar vendê-lo, num processo que fortaleceu o vínculo dos adeptos ao russo.
Os londrinos, que agora só podem socorrer-se das suas contas, têm despesas salariais mensais com futebolistas superiores a 30 milhões de euros, pelo que o clube corre o sério risco de estrangulamento financeiro a breve prazo.
O governo voltou a indicar que não se opõe à venda do clube, algo que Abramovich alegadamente pretenderá fazer com a maior brevidade possível, numa operação que será “sujeita a condições”.
“Estamos abertos a uma venda do clube. Estaríamos dispostos a estudar um pedido de alteração da licença [ao abrigo da qual o clube foi autorizado a continuar as suas atividades], que permitiria a sua realização, se as circunstâncias o permitirem”, indicou o porta-voz do governo britânico, sem detalhar.
No entanto, especificou, o clube ainda não fez qualquer pedido nesse sentido.
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