
“Quando se demite pessoas porque se acha que estão a divulgar informações confidenciais, porque haveríamos de ficar surpreendidos que essas pessoas continuem a divulgar novas informações aos mesmos repórteres?”, questionou Hegseth numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, onde trabalhou antes de liderar o Pentágono.
O secretário da Defesa está mais uma vez no centro das atenções de um escândalo, desta vez por partilhar detalhes sobre ataques contra rebeldes Huthi no Iémen num ‘chat’ privado na plataforma de mensagens Signal, onde incluiu a mulher e um irmão, de acordo com uma investigação do jornal The New York Times.
Este é um novo capítulo do escândalo conhecido como “Signalgate”, que eclodiu em março, quando a revista The Atlantic noticiou que o seu diretor foi incluído por engano num ‘chat’ do Signal no qual Hegseth e outros altos funcionários do Governo do Presidente Donald Trump discutiam os preparativos para um ataque no Iémen.
Hegseth sugeriu que os três conselheiros do Pentágono – que foram colocados em licença administrativa na semana passada, por terem divulgado informações confidenciais aos meios de comunicação social – estão por trás das novas revelações.
“Estão a tentar sabotar a agenda do Presidente (Trump)”, acusou Hegseth.
O antigo apresentador da Fox News tem provocado várias controvérsias desde que Trump o nomeou para o cargo de secretário de Defesa.
A sua nomeação foi ratificada no Senado apenas graças ao voto de desempate do vice-Presidente, JD Vance, sendo um nome contestado mesmo dentro do Partido Republicano.
A cadeia radiofónica NPR noticiou na segunda-feira que a Casa Branca está à procura de um substituto para o secretário de Defesa, mas Trump disse aos jornalistas, nesse mesmo dia, que Hegseth está a fazer um “ótimo trabalho” e que “todos estão satisfeitos com o seu desempenho”.
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