Em comunicado, o IPMA adianta que às 21:00 locais de sábado (mais uma hora em Lisboa), o centro do ciclone, designação meteorológica que engloba tempestades tropicais e furacões de categorias 1 a 5, localizava-se a 146 quilómetros a sudeste de Santa Maria, “com deslocamento para nordeste a 44 quilómetros/hora”.
Embora o centro do furacão se esteja a afastar do arquipélago, este continua “a condicionar o estado do tempo” nestas duas ilhas do grupo oriental, adianta o IPMA.
“O ciclone Ophelia está classificado como furacão de categoria 3 com vento médio de 185 quilómetros/hora e rajadas e 220 quilómetros/hora na sua zona mais ativa”, adianta o comunicado, disponibilizado na página da rede social Facebook da delegação regional dos Açores do IPMA.
Às 22:00 de sábado registaram-se 52 milímetros de precipitação acumulados em seis horas na ilha do Pico, do grupo central dos Açores, e 43 milímetros no Nordeste, em São Miguel.
A aproximação do furacão Ophelia levou o IPMA a emitir vários avisos meteorológicos.
Em São Miguel e Santa Maria, há aviso amarelo para precipitação e agitação marítima até às 06:00 locais
Estas duas ilhas mantêm-se sob aviso laranja para vento também até às 06:00, com vento médio superior a 65 quilómetros/hora e rajadas que poderão ultrapassar os 100 quilómetros/hora, em especial na ilha de Santa Maria, passando depois daquela hora a amarelo até às 12:00.
O chefe do Governo Regional, Vasco Cordeiro, acompanhou o evoluir da situação no Palácio de Santana, sede da presidência do executivo açoriano, desde as 18:00 de sábado, quando entrou em vigor o aviso vermelho do IPMA.
Segundo fonte da presidência, Vasco Cordeiro tem estado também em contacto telefónico com presidentes de câmara de São Miguel e Santa Maria, assim como com o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
Em Santa Maria, permanecem os secretários regionais da Saúde, Rui Luís, que tutela a Proteção Civil, e dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha.
O presidente da Proteção Civil regional, tenente-coronel Carlos Neves, adiantou à Lusa que foram registadas 11 ocorrências “de pouca relevância”, exemplificando com quedas de árvores, obstrução de vias, pequenas inundações em habitações e a queda de um painel publicitário, “mas sem danos dignos de registo”.
“No grupo central [Pico, Terceira, Faial, Graciosa e São Jorge] a situação já é de normalidade e no grupo central é expectável um desagravamento do estado do tempo a partir do início da madrugada”, explicou Carlos Neves.
[Notícia atualizada às 0:50]
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