O anúncio foi feito pela presidente do CDS-PP, que teve hoje uma reunião, durante mais de uma hora, com o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, no final da qual criticou a política do Governo, dando o “exemplo claro” do caso dos investigadores pagos por fundos europeus e que agora “terão de ser pagos pela universidade”.
“Vamos esperar pelo Orçamento, mas, para já, não há dotação financeira” para essa decisão, afirmou, lembrando as críticas de Cruz Serra e de outros reitores de universidades portuguesas.
Assunção Cristas afirmou que “muitos estudantes precisam de completar o rendimento trabalhando”, mas o CDS-PP defende que esse “rendimento não deve ser tributado no agregado familiar nem separadamente, não deve contar para efeitos do IRS”.
Hoje, explicou, esse rendimento conta e “pode ser uma penalização” para o estudante, incluindo para o acesso a bolsas de estudo.
Assunção Cristas disse ainda estar preocupada, enquanto presidente do CDS-PP e vereadora da câmara de Lisboa, com a falta de residências para estudantes na capital e noutras cidades.
A líder centrista voltou também a criticar o Governo por “chumbar” propostas só porque são do CDS-PP, como foi o caso do empréstimo estudantil, para que os “estudantes pudessem ter uma possibilidade de fazer o seu curso com o auxílio do Estado”.
O executivo chumba uma proposta “porque é do CDS, mas a seguir, se a ideia é boa, acaba por pegar nela”, sintetizou.
O prazo para a entrega do Orçamento do Estado para 2019 termina na próxima segunda-feira, 15 de outubro.
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