O ataque foi feito pelo vice-presidente da bancada do CDS no período de declarações políticas, no parlamento, em que também criticou a escolha do deputado socialista Carlos Pereira para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
“Estamos cá para fazer a remodelação que falta, a do primeiro-ministro”, afirmou Mota Soares, no final de um discurso em que teorizou sobre “o novo normal” de António Costa de lidar com crise e remodelações.
Primeiro, descreveu, Costa “começou por negar o óbvio”, depois “insulta a oposição que o confronta com o óbvio” e, por fim, “acaba por demitir o ministro” Azeredo Lopes, titular da Defesa Nacional, na sequência do caso do furto das armas de Tancos, em junho de 2017.
No dia do furacão Leslie, recordou Mota Soares, António Costa fez uma remodelação, dois dias depois da saída de Azeredo Lopes.
Ou seja, “o incondicional” Azeredo Lopes “passou a demitido”, “o tímido, mas eficaz Caldeira Cabral” passou “a demitido” na Economia e também o “tirem o cavalinho da chuva que não o demito” ministro da Saúde deixou o executivo, resumiu.
“Isto não é uma remodelação, mas sim um remendo numa manta que está a romper”, disse.
Mais uma vez, Luís Pedro Mota Soares atacou a escolha de Carlos Pereira, do PS, para vogal da ERSE, pela falta de “transparência e independência” para desempenhar o cargo.
Mais do que comentar a remodelação, as perguntas foram sobre o caso de Carlos Pereira.
Luís Testa, do PS, criticou “a fulanização” da política neste processo, por “reduzir a política à sua insignificância”.
Pelo PSD, Emídio Guerreiro atacou o Governo e o PS por “não gostar de entidades reguladoras”, lembrando as críticas do executivo ao governador do Banco de Portugal.
Já Jorge Costa, do Bloco de Esquerda, elogiou Jorge Seguro Sanches, que foi substituído por João Galamba como secretário de Estado da Energia, pela forma como geriu alguns dossiers e algumas decisões como a relativa à tarifa social.
O que lhe “gerou uma enorme aversão das empresas energéticas”, afirmou Jorge Costa, o que valeu o comentário de Mota Soares, dizendo que “a aversão” foi do primeiro-ministro”.
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