“O primeiro [requisito] de todos é que o Estado não fique com a maior fatia do dinheiro de Bruxelas, desviando-o da economia real, das pequenas e médias empresas, que é quem produz, cria emprego e gera riqueza em Portugal”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
“O segundo ponto é que este programa tem que refletir uma verdadeira reforma do nosso modelo de crescimento económico e do país. Não pode ser apenas uma lista de compras e de obras públicas, de uma receita socialista estatizante que já se mostrou completamente fracassada no passado”, acrescentou.
O líder do CDS, que falava aos jornalistas depois de uma visita à Palmeiro Foods, uma empresa do sector alimentar instalada no concelho de Palmela, no distrito de Setúbal, reafirmou também a ideia de que as verbas provenientes da União Europeia não podem continuar a ser distribuídas pelas empresas amigas do Bloco Central (PS e PSD).
“O terceiro ponto, também muito importante, é que a afetação destas verbas não pode ser uma festa dos interesses do Bloco Central, oferecendo dinheiro aos mesmos de sempre e às empresas amigas do governo, e sentados à mesa do orçamento”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
“É obrigatório que não se crie aqui um sistema de `capitalismo amiguista´, ou um sistema viciado, em que o dinheiro é entregue sem qualquer tipo de escrutínio. O governo tem, necessariamente, de criar mecanismos de controlo e fiscalização para assegurar que o dinheiro chega a quem mais precisa e não apenas a quem tem boas relações com o governo e os donos disto tudo”, acrescentou o dirigente do CDS.
Em declarações aos jornalistas, no final da visita à empresa de Palmela, Francisco Rodrigues dos Santos reconheceu também que os números recentes da pandemia “indicam que estamos a entrar numa segunda vaga do vírus” e defendeu a necessidade de se “reforçar o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS) e iniciar um plano urgente para a recuperação das listas de espera”.
Francisco Rodrigues dos Santos reafirmou ainda a necessidade de se criarem “brigadas de acompanhamento nos lares que cheguem, efetivamente, sobretudo aos lares ilegais, que são mais do que os lares considerados legais”, lembrando que, na perspetiva do CDS, “os idosos têm que ser uma prioridade”.
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